A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou, nesta quarta-feira (4/9), a Operação Integration, que visa desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Entre os alvos da operação, está a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, que foi presa.
Segundo informações da polícia, foram expedidos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão contra os suspeitos envolvidos no esquema. A operação mobilizou 170 agentes em várias cidades, incluindo Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO), além de Recife, onde ocorreram ações em um edifício de luxo localizado na orla de Boa Viagem, na zona sul da cidade. O total de bens e valores sequestrados, bem como o bloqueio judicial de recursos, soma R$ 2,1 bilhões.
Deolane Bezerra, conhecida por ostentar uma vida de luxo em suas redes sociais, com frequentes viagens internacionais, carros de alto padrão e empreendimentos como sua própria marca de cosméticos, agora se vê envolvida em mais uma polêmica. Em março de 2024, ela celebrou a aquisição de uma casa em Orlando, nos Estados Unidos, afirmando ser o seu sétimo imóvel. Quatro meses depois, ela anunciou a compra da 12ª casa, também em Orlando.
Esta não é a primeira vez que Deolane se torna alvo de investigações policiais. Em 2022, ela foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo, sob suspeita de envolvimento com a Betzord, uma empresa de apostas esportivas online, que estava sendo investigada por crimes contra a economia popular e associação criminosa. Na ocasião, sem mencionar diretamente a operação, Deolane gravou um vídeo em suas redes sociais afirmando que “mais um processo” havia sido instaurado, mas que nada de ilícito havia sido encontrado em sua residência.
Mais recentemente, em fevereiro deste ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma investigação sobre a possível ligação da influenciadora com traficantes do Complexo da Maré, após ela ter postado um vídeo no Instagram ostentando um cordão de ouro pertencente ao chefe do tráfico da favela, Thiago da Silva Folly, conhecido como TH. Como justificativa, Deolane afirmou que tirou a foto durante um baile funk, onde posou com várias pessoas, e admitiu que usou o cordão.
Esta sequência de eventos gerou um intenso debate nas redes sociais, levantando questionamentos sobre a verdadeira origem da fortuna de Deolane Bezerra e seu possível envolvimento em atividades criminosas.