Influenciador revela que Correios não entregou doações ao Rio Grande do Sul

Na semana passada, o influenciador digital Leo Furlanetto fez uma denúncia contra os Correios, afirmando que doações destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul não foram entregues como previsto. Segundo Leo, em 7 de maio, ele, sua namorada e um amigo entregaram uma tonelada de água e outros itens a uma agência dos Correios. No dia seguinte, o grupo teria doado mais quatro toneladas de água, enlatados e absorventes, totalizando mais de R$ 15 mil em arrecadações, além de 200 cobertores feitos à mão.

Para monitorar as doações, Leo colocou um dispositivo de rastreamento junto aos itens e descobriu que a maior parte das doações nunca chegou ao destino. Segundo ele, os rastreadores mostraram que as doações permanecem em São Paulo, meses após o envio.

“Eu queria saber por que as doações que fizemos para o Rio Grande do Sul, quatro meses atrás, ainda estão aqui em São Paulo”, questionou o influenciador em seu vídeo.

O rastreamento indicou que os absorventes doados estão em um bazar em Sorocaba (SP), enquanto os engradados de água permanecem em um galpão em Guarulhos (SP).

A denúncia de Leo viralizou rapidamente, com o vídeo acumulando mais de 3 milhões de visualizações no TikTok, mais de 600 mil curtidas e cerca de 5 mil comentários, a maioria criticando os Correios.

Nos perfis oficiais da empresa, diversos usuários cobram uma resposta sobre o paradeiro das doações. Até o momento, os Correios não se manifestaram publicamente sobre o caso em suas redes.

No entanto, em resposta ao portal Metrópoles, os Correios esclareceram que não houve desvio ou comercialização de doações destinadas ao Rio Grande do Sul. A empresa informou que, das mais de 30 mil toneladas de doações recebidas, 24 mil toneladas já foram entregues no estado e a entidades autorizadas, enquanto 10 mil toneladas permanecem armazenadas.

Os Correios também destacaram que, em julho, mais de 8 mil toneladas de donativos foram entregues ao estado, porém, devido à falta de capacidade de armazenamento e à sinalização de que alguns itens não eram mais necessários, as doações excedentes foram destinadas a instituições de caridade, ONGs e órgãos municipais e estaduais, conforme decisão dos órgãos envolvidos na campanha.

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