Tarcísio de Freitas deixa mídia em polvorosa com fala sobre Boulos e PCC

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixou a grande mídia em polvorosa após afirmar, em entrevista coletiva no último domingo (27), que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teria enviado um “salve” recomendando o voto em Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura da capital.

“Aconteceu aqui também, teve o salve. Houve interceptação de conversas, de orientações que eram emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos. Houve essa ação de intercepção, de inteligência, mas não vai influenciar nas eleições.”

A declaração do governador ocorreu duas horas antes da apuração, quando o atual prefeito Ricardo Nunes foi confirmado reeleito à prefeito de São Paulo com quase 60% dos votos.

A informação sobre o “salve” já havia sido divulgada no sábado pelo colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, mas só ganhou destaque com a fala do governador.

Segundo a matéria, as autoridades localizaram quatro comunicados manuscritos que mencionavam voto na chapa Boulos-Marta Suplicy. Os bilhetes teriam sido apreendidos em setembro, antes do primeiro turno, nas unidades prisionais Penitenciária Presidente Venceslau, Riolândia e Guareí; e no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros.

Em resposta, Guilherme Boulos negou as acusações, qualificando a declaração do governador como “uma mentira descarada” e que seria o ‘laudo falso’ do segundo turno.

“Nunca houve um governador tentando inventar uma mentira tão absurda para influenciar o resultado eleitoral”, declarou Boulos, rebatendo as afirmações de Tarcísio.

O caso gerou uma treta entre jornalistas. Na GloboNews, a jornalista Ana Flor criticou tanto o governador quanto o jornalista Paulo Cappelli por ter noticiado o caso.

Cappelli, por sua vez, defendeu sua posição em comentário feito diretamente na publicação da GloboNews no X (antigo Twitter), afirmando:

“Ana Flor… o que difere o meu trabalho do seu é que eu não tento publicar as notícias que convêm apenas a um lado político. E não tenho candidato favorito!”

O episódio expôs divergências sobre a cobertura durante o período eleitoral.

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