Tiago Pavinatto vence processo movido por filha de Lampião e Maria Bonita
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O apresentador e escritor Tiago Pavinatto lançou, em agosto do ano passado, o livro Da Silva: A Grande Fake News da Esquerda – O Perfil de um Criminoso Conhecido e Famoso Pela Alcunha Lampião. A obra questiona a narrativa de herói atribuída a Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, apresentando-o como um criminoso violento e desmistificando o que Pavinatto chama de “grande mentira engendrada pelo comunismo brasileiro”.
O livro alcançou grande sucesso de vendas, mas também gerou polêmicas, chegando a incomodar muita gente que viu uma suposta tentativa de associar Lampião ao Lula.
Uma pessoa que se incomodou bastante com o livro foi a própria filha de Lampião e Maria Bonita, Expedita Ferreira Nunes, que até acionou a Justiça de Sergipe contra Pavinatto por danos morais e uso indevido de imagem em novembro do ano do lançamento do livro. Expedita alegou danos morais e uso indevido da imagem de seu pai, pedindo uma indenização de R$ 245 mil, além de uma retratação pública e a inclusão de uma nota no prólogo do livro afirmando que a versão do autor não possuía respaldo em pesquisas históricas.
A ação argumentava que o livro continha “teor excessivamente agressivo” e solicitava a remoção de expressões consideradas desonrosas à figura de Lampião, sob pena de multa diária de R$ 500.
Contudo, Pavinatto defendeu que todas as informações do livro são fundamentadas em registros históricos, entrevistas e relatos documentados. “Eu não inventei nada, apenas compilei os fatos de forma acessível para o público compreender quem realmente foi Lampião”, afirmou o autor.
Em participação no programa Pela Fechadura, com Ricardo Ventura, Pavinatto comentou sobre o conteúdo de sua obra e celebrou a vitória judicial contra Expedita.
“Aliás, semana passada a filha dele perdeu o processo”, revelou.
O livro questiona a romantização de Lampião, frequentemente retratado como herói popular e defensor dos pobres. Pavinatto associa essa narrativa a um esforço ideológico da esquerda brasileira, que, segundo ele, utilizou a semiótica marxista para criar uma imagem distorcida do cangaceiro.
“Lampião não era um Robin Hood. Ele roubava dos pobres para enriquecer seu bando e atuava como miliciano de coronéis, assassinando e saqueando em troca de dinheiro”, afirmou.
O autor ainda detalhou a vida de ostentação de Lampião, que contrastava com a miséria das vítimas de seus crimes.
“Ele usava armas ornamentadas em ouro, roupas de seda inglesa e perfumes importados, enquanto as pessoas que ele explorava viviam na extrema pobreza”, explicou.
Pavinatto também mencionou episódios perturbadores atribuídos ao cangaceiro, como o relato de uma castração forçada de um ator durante uma festa local. “Os relatos são macabros. Ele nunca atacava filhos ou propriedades de coronéis, mas devastava os pobres”, concluiu.
Da Silva: A Grande Fake News da Esquerda continua sendo uma obra polêmica, mas se destaca por levantar questionamentos sobre a construção de narrativas históricas e a romantização de figuras polêmicas.