Governo Lula revoga fiscalização do Pix após vídeo de Nikolas Ferreira viralizar
Após forte pressão popular gerada pelo vídeo do deputado Nikolas Ferreira sobre o monitoramento do Pix, que alcançou mais de 280 milhões de visualizações no Instagram, o governo Lula recuou e revogou a portaria que ampliava a fiscalização sobre movimentações financeiras via Pix. Nas redes socais, o caso já é conhecido como “a revolta do Pix”.
O Secretário da Receita Federal agradeceu à grande imprensa pela parceria com o governo e, em tom agressivo, atribuiu a repercussão negativa a “pessoas inescrupulosas” que, segundo ele, “causaram pânico entre a população mais humilde”. Ele também insinuou que a medida poderá ser reintroduzida futuramente, de outra forma.
O ministro Fernando Haddad, por sua vez, anunciou que o governo editará uma Medida Provisória (MP) para reforçar o sigilo das transações por Pix e garantir sua isenção tributária. Além disso, a MP determinará que produtos e serviços tenham o mesmo preço para pagamentos em dinheiro ou Pix.
Durante a mesma apresentação, a Advocacia-Geral da União informou que a Polícia Federal investigará quem teria espalhado “fake news” relacionadas ao tema, repetindo a estratégia adotada após a tragédia no Rio Grande do Sul.
Apesar de ser uma decisão correta, a revogação representou uma grande derrota política para o governo Lula. Alguns lulistas chegaram a ficar revoltados com o recuo do governo.
Na GloboNews, a jornalista Eliane Cantanhêde causou revolta ao dizer que ir contra as medidas do governo é crime, ou seja, na prática, fazer oposição ao governo Lula de repente virou crime para a jornalista. Isso vindo da Globo, que era uma ferrenha crítica das medidas públicas do governo anterior.
A declaração gerou uma resposta irônica de Nikolas Ferreira, que, em sua rede social X, afirmou: “Se falar merda fosse crime, a Eliane Cantanhêde pegaria perpétua.”
A revolta do Pix reforça a força da mobilização nas redes sociais e expõe a crise de credibilidade da velha mídia. Para muitos, o caso evidencia o interesse do governo em regular as redes sociais, rotulando críticas e opiniões divergentes como “fake news”.
