Governo Biden pressionou Meta para censurar usuários, admite Mark Zuckerberg

Capa Vídeo
27/08/2024 14:08

Em mais um capítulo sombrio da relação entre grandes empresas de tecnologia e o governo dos Estados Unidos, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, revelou recentemente que a administração Biden-Harris pressionou insistentemente sua plataforma para censurar conteúdos relacionados à Covid-19. Essas declarações, que levantam sérias dúvidas sobre a integridade do processo de comunicação e a liberdade de expressão nas redes sociais, foi um dos assuntos mais comentados na internet.

Zuckerberg alegou, por meio de carta enviada ao Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA, que o governo Biden-Harris “pressionou repetidamente” as equipes da Meta para censurar postagens relacionadas à Covid-19. Ele também afirmou que a plataforma precisou fazer algumas mudanças que, “com o benefício da retrospectiva e de novas informações,” não fariam hoje. Zuckerberg também expressou arrependimento por não ter sido “mais vocal” sobre o assunto.

“Em 2021, altos funcionários do governo Biden, incluindo a Casa Branca, pressionaram nossas equipes por meses para censurar certos conteúdos sobre a Covid-19, incluindo humor e sátira, e expressaram muita frustração quando não concordávamos. No final das contas, a decisão de remover ou não conteúdos era nossa, e assumimos a responsabilidade por nossas escolhas, incluindo as mudanças relacionadas à Covid-19 que fizemos em resposta a essa pressão”, declarou Zuckerberg na carta.

“Eu acredito que a pressão do governo foi errada, e lamento que não tenhamos sido mais enfáticos em relação a isso. Também acho que tomamos algumas decisões que, com o benefício da retrospectiva e de novas informações, não faríamos hoje. Como disse às nossas equipes na época, acredito firmemente que não devemos comprometer nossos padrões de conteúdo devido à pressão de qualquer administração, em qualquer direção, e estamos prontos para resistir se algo assim acontecer novamente”, acrescentou ele.

O Comitê Judiciário da Câmara, do Partido Republicano, divulgou a carta do CEO da Meta na rede social X, afirmando: “Mark Zuckerberg acabou de admitir três coisas:

1. O governo Biden-Harris ‘pressionou’ o Facebook para censurar americanos.

2. O Facebook censurou americanos.

3. O Facebook suprimiu a história do laptop de Hunter Biden.

Grande vitória para a liberdade de expressão.”

Zuckerberg também mencionou, em sua carta, um episódio em que alegou que o FBI alertou a Meta sobre uma possível operação de desinformação russa envolvendo a família Biden e a Burisma antes das eleições de 2020. Após isso, a Meta rebaixou uma matéria sobre alegações de corrupção envolvendo a família de Joe Biden. No entanto, o CEO da Meta afirmou que a reportagem não se tratava de desinformação russa e que a história não deveria ter sido rebaixada.

“Naquele outono, quando vimos uma matéria do New York Post relatando alegações de corrupção envolvendo a família do então candidato presidencial democrata Joe Biden, enviamos a história para revisão de verificadores de fatos e a rebaixamos temporariamente enquanto aguardávamos uma resposta. Desde então, ficou claro que a reportagem não era desinformação russa, e, em retrospectiva, não deveríamos ter rebaixado a história”, afirmou Zuckerberg.

As confissões de Zuckerberg não apenas expõem uma preocupante submissão às pressões governamentais, mas também escancaram o perigo de confiar em gigantes tecnológicos que não hesitam em comprometer a verdade e a liberdade de expressão para se alinhar aos interesses do poder.

Juliana Souza é a voz por trás das colunas mais quentes do TrendNews 360. Com uma carreira de mais de 5 anos no jornalismo de entretenimento, Juliana é conhecida por seu olhar afiado e suas análises perspicazes sobre o mundo das celebridades.
Veja também