Presidente da Colômbia arrega para Donald Trump e passa vergonha

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15:01 - 27/01

A recente decisão do presidente colombiano Gustavo Petro de fechar o espaço aéreo para dois aviões americanos transportando colombianos deportados gerou uma crise diplomática sem precedentes entre os Estados Unidos e a Colômbia. A medida foi tomada enquanto as aeronaves já estavam em voo, forçando um pouso emergencial em Honduras. A situação desencadeou uma resposta imediata do presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou sanções severas contra a Colômbia.

Entre as ações tomadas pelos EUA estão:

  • Tarifas emergenciais de 25% sobre importações colombianas, com previsão de aumento para 50% em uma semana;
  • Revogação imediata de vistos de autoridades do governo colombiano, aliados e apoiadores;
  • Sanções de visto para membros do partido de Gustavo Petro, seus familiares e seguidores;
  • Inspeções alfandegárias reforçadas para cidadãos colombianos e cargas;
  • Sanções financeiras e bancárias abrangentes, sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA).

A justificativa de Trump foi clara: não permitirá que o governo colombiano descumpra suas obrigações legais em relação à aceitação de deportados, especialmente aqueles envolvidos em crimes nos EUA.

O presidente da Colômbia tem em seu passado a ligação com o grupo guerrilheiro M-19, conhecido por sua ideologia comunista. Uma das ações mais marcantes do grupo ocorreu em 6 de novembro de 1985, quando invadiram o Palácio da Justiça, localizado no coração de Bogotá. Durante o ataque, cerca de 350 pessoas foram feitas reféns, e o edifício acabou incendiado em meio ao confronto. Para retomar o controle, foi realizada uma operação militar de grande escala. O episódio resultou em 98 mortes e no desaparecimento de 11 pessoas, sendo lembrado como uma das maiores tragédias da história colombiana.

Repercussões internas na Colômbia

As sanções americanas agravaram a crise política e econômica já existente no país. Diversos economistas classificaram o momento como catastrófico. Protestos massivos começaram a ser organizados, com grande parte da população exigindo a renúncia de Gustavo Petro. A senadora María Fernanda Cabal pediu um impeachment do presidente, acusando-o de instaurar um “desastre comunista”. Além disso, prefeitos e governadores colombianos convocaram reuniões emergenciais para discutir a crise.

O recuo do governo colombiano

Diante da pressão interna e das sanções econômicas e políticas, o governo colombiano arregou. O Ministro das Relações Exteriores anunciou que a Colômbia aceitaria todos os termos impostos pelos EUA. Gustavo Petro também afirmou que usará o avião presidencial para repatriar os deportados.

A Casa Branca afirmou que todas as ordens de Donald Trump foram acatadas e que não haverá a imposição de sanções contra o país latino-americano.

O assunto do momento

As deportações de imigrantes ilegais nos Estados Unidos estão entre os assuntos mais comentados do momento. Poucos dias após o início do segundo mandato de Donald Trump, o governo americano intensificou a campanha de deportação em massa, com foco em imigrantes que, segundo as autoridades, cometeram crimes.

Nesta sexta-feira, o primeiro voo de brasileiros deportados durante a nova gestão de Trump chegou ao Brasil, trazendo cerca de 80 imigrantes ilegais. Desde 2017, durante o governo Temer, voos com deportados brasileiros ocorrem regularmente, chegando ao Brasil uma ou duas vezes por mês, geralmente às sextas-feiras.

O governo Lula criticou o uso de algemas nos deportados, apontando uma possível violação de acordos entre Brasil e Estados Unidos para a repatriação de imigrantes ilegais. No entanto, o uso de algemas é um procedimento padrão, adotado inclusive durante a administração de Joe Biden, aliado de Lula.

Em uma clara resposta ao governo Trump, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que o uso de correntes e algemas em brasileiros deportados seja desautorizado.

Apoiadores do governo Lula aproveitaram o episódio para criticar a gestão de Trump, mas enfrentaram contradições, já que o voo em questão trouxe deportados do período de Biden, substituído por Trump no último dia 20. Além disso, a política de deportação não foi criada pelo governo Trump.

Ainda, circulou nas redes sociais uma notícia falsa, criada pelos lulistas, que alegava que Nayara Andrejczyk, brasileira que viralizou ao pedir que Trump salvasse o Brasil, havia sido deportada. A própria Nayara desmentiu a informação em suas redes sociais.

Juliana Souza é a voz por trás das colunas mais quentes do TrendNews 360. Com uma carreira de mais de 5 anos no jornalismo de entretenimento, Juliana é conhecida por seu olhar afiado e suas análises perspicazes sobre o mundo das celebridades.
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