Youtuber Monark é condenado à prisão por injúria contra Flávio Dino
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A Justiça Federal condenou o youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, a um ano e dois meses de detenção por injúria contra o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Monark também foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização.
As ofensas ocorreram durante uma live em que o youtuber comentava uma declaração do Flávio Dino, na época ministro da Justiça do Governo Lula. Na fala, o ministro afirmava que a liberdade de expressão como um valor absoluto seria uma fraude e uma falcatrua, além de advertir que o tempo em que a liberdade de expressão era vista como um valor absoluto havia chegado ao fim.
Durante a live, o youtuber chamou o ministro de “gordola” e “filho da p*ta”, e ainda disse que o socialista quer “escravizar as pessoas”.
“Você vai ser escravizado por um gordola. Esse cara sozinho não dura um segundo na rua, não consegue correr 100 metros. Coloca ele na floresta para ver se ele sobrevive. Você vai deixar esse cara ser o seu mestre? Foi para isso que os seus pais te deram educação? Eles se sacrificaram para você servir esse filho da puta?”
Após as críticas e ofensas ao ministro, ele fez uma queixa-crime contra Monark por calúnia e difamação em 2023. Em dezembro do mesmo ano, a queixa-crime chegou a ser suspensa pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) Fausto Martin de Sanctis, mas a ação penal voltou a tramitar em março deste ano depois de decisão colegiada do tribunal.
Já na última quinta-feira, 3, a juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal de São Paulo, condenou o youtuber, afastando a acusação de difamação, mas afirmando que o crime de injúria foi comprovado “além de qualquer dúvida razoável”.
“É inequívoco que as frases por ele pronunciadas foram ofensivas à dignidade e ao decoro da vítima, demonstrando que o acusado teve o dolo específico de injuriar, extrapolando o limite da mera crítica”, declarou a magistrada.
Sem apresentar advogados, Monark foi representado pela Defensoria Pública, que solicitou o trancamento da ação penal. O youtuber poderá recorrer em liberdade.
Monark vive atualmente nos Estados Unidos, para onde se mudou após ter todas as suas redes banidas por criticar o processo eleitoral e a confiabilidade das urnas eletrônicas, chegando a ser multado em R$ 300 mil e incluído em inquérito por determinação de Alexandre de Moraes.